Por Francisco Christovam – E agora, José?

Ao tomar emprestado a primeira linha do famoso poema, presto minhas homenagens a Carlos Drummond de Andrade que, em 1942, publicou essa obra prima da literatura brasileira. O José do poema enfrenta uma crise existencial e não sabe que caminho tomar na vida. Seu impasse serve também para ilustrar, no sentido mais literal, os desafios da mobilidade urbana, enfrentados pelos muitos Josés, Marias e tantos outros que vivem nas cidades brasileiras e que se veem sem opção de melhores caminhos para os seus deslocamentos diários.

Quem é o nosso José?

José é um trabalhador que, como milhões de brasileiros, mora na periferia de uma cidade brasileira de médio porte. Tem quase 40 anos de idade, é casado, pai de dois filhos adolescentes e eleitor que vota, assiduamente, em todas as eleições. Ele adora futebol e, nos finais de semana, encontra os amigos, num barzinho próximo à sua casa, para tomar uma cerveja e jogar conversa fora, como se diz no jargão popular. Ele é proprietário de uma motocicleta, de segunda mão, que comprou à prestação, e tem orgulho em dizer que está fazendo um curso de técnico em informática. Todo dia, José acorda por volta das 04 horas da manhã, toma um café requentado, come um pãozinho comprado no dia anterior, escreve um recado para a esposa, num papel que encontrou sobre a mesa, e parte para a sua jornada de trabalho.

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(*) Francisco Christovam é Diretor Executivo (CEO) da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos – NTU, Vice-Presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado de São Paulo – FETPESP e da Associação Nacional de Transportes Públicos – ANTP, bem como membro do Conselho Diretor da Confederação Nacional do Transporte – CNT.

*Os artigos publicados com assinatura, não traduzem necessariamente a opinião do Instituto de Engenharia. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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